A época das férias de verão acaba de começar e é normal que queira prolongar o contacto dos seus filhos com a nossa pedagogia, mesmo durante este período. Caso as suas crianças não frequentem uma das nossas unidades, esta poderá ser a altura do ano ideal para experimentar uma abordagem educativa que esteja mais alinhada com a experiência que gostaria de proporcionar aos seus filhos.
Na Open Learning, procuramos que as crianças estejam no centro da sua própria aprendizagem, sendo capazes de explorar a sua curiosidade, paixões e interesses de forma ativa – ou seja, aprender através da prática. Neste artigo, iremos apresentar algumas atividades que demonstram como os princípios da nossa pedagogia podem ser aplicados num contexto mais lúdico e que poderá querer experimentar com os seus filhos durante estas férias de verão.
Explorar a Natureza
Hoje em dia, as crianças estão habituadas a ter tudo rapidamente e sem esforço. Estão acostumadas a uma velocidade que não corresponde ao ritmo natural das coisas. O contacto com a natureza permite aos nossos filhos aprender que, na realidade, no seu estado mais puro, as coisas levam tempo.
Plantar tomates, observar uma flor a crescer ou fazer caminhadas – através destas experiências as nossas crianças aprendem a ser mais pacientes e capazes de viver sem serem reféns da sua impulsividade.
Experiências sensoriais
A educação sensorial, que valoriza a importância dos sentidos no processo de aprendizagem e desenvolvimento da criança, é uma ótima forma de estimular o desenvolvimento intelectual dos jovens.
Aqui, mais uma vez, explorar a natureza pode ser uma boa atividade para despertar os sentidos dos nossos filhos, mas não é a única opção. Pintar com os dedos, ajudar a fazer um bolo, brincar com plasticina, e tocar, cheirar e ouvir materiais naturais como arroz, areia e feijões – tudo isto permite educar a sua sensibilidade. O importante nestas atividades não é proporcionar uma quantidade excessiva de estímulos aos jovens, mas, sim, uma quantidade suficiente para refinar a sua capacidade de perceção sensorial.
Leitura
Um aspeto fascinante da leitura é que ocorre sempre ao ritmo de quem lê. Adaptamos a velocidade consoante aquilo que estamos a ler, voltamos atrás quando não compreendemos algo e continuamos assim que tenhamos assimilado a informação. Temos controlo sobre aquilo que aprendemos e a rapidez com que o fazemos.
Para além disso, a leitura trabalha a nossa imaginação. Tal não acontece quando temos imagens a ser constantemente bombardeadas por ecrãs, que diminuem a nossa capacidade de refletir, imaginar e criar as nossas próprias opiniões, pois tudo o que nos é apresentado já está pensado por nós. Quando as crianças leem, pensam sozinhas, criam uma representação mental única do que acabaram de ler e desenvolvem espírito crítico.
Brincadeiras em grupo
Se os seus filhos vão de férias com outras crianças, porque não permitir que trabalhem em conjunto para criar algo divertido? Tal poderá incluir construir uma cabana no quintal, realizar uma experiência de forma segura ou mesmo organizar uma caça ao tesouro.
O importante aqui é que a atividade escolhida seja suficientemente desafiante para precisarem da ajuda uns dos outros para a concluírem com sucesso. Ao trabalhar em conjunto, as crianças aprendem a partilhar ideias, a tomar decisões em grupo, a resolver conflitos e a valorizar a contribuição de cada elemento.
Brincadeira livre
A brincadeira livre também é uma oportunidade para as crianças explorarem os seus interesses e as suas paixões. Permita que os seus filhos sejam protagonistas ativos da sua aprendizagem, deixando-os seguir a sua curiosidade e sentir-se autorealizados com as suas descobertas.
Tudo tem potencial para ser brincadeira, no entanto, evite que as atividades escolhidas necessitem de pilhas, botões ou ecrãs. O que vimos relativamente à leitura também é aplicável aqui. O importante é que seja a criança a ter iniciativa e a pensar – e não que seja um brinquedo a funcionar por ela.
Lembre-se de que o papel dos adultos durante a brincadeira livre é observar, apoiar e incentivar, em vez de guiar ou controlar a atividade. Esteja presente para garantir a segurança das crianças, mas dê espaço para que possam tomar a iniciativa e encontrar as suas próprias soluções.
Existem inúmeras atividades que se podem realizar nas férias e que se enquadram na abordagem das unidades Open Learning. Neste artigo, compilámos uma lista limitada, mas que engloba alguns dos fundamentos da nossa pedagogia. No entanto, o aspeto mais importante nesta lista não são as atividades em si, mas, sim, os princípios educativos que as sustentam. Lembre-se de valorizar a curiosidade, a autonomia, a descoberta e o respeito pelos ritmos individuais. Boas Férias!